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Será que o meu pé é chato?

O pé plano, normalmente chamado “pé chato”, caracteriza-se pela diminuição da arcada plantar, ou seja, há um achatamento do pé e toda a superfície plantar está em contacto com o chão. Se é este o seu caso, a resposta à pergunta é: SIM!


É uma condição muito comum na infância porque o pé ainda está em desenvolvimento. Muitos pais, devido às quedas frequentes do filho, à deformação/desgaste do sapato e ao modo como a criança anda (com os pés para fora), ficam preocupados e procuram aconselhamento médico. Se antigamente, a maior parte das crianças utilizava botas ortopédicas para correção do pé chato, atualmente, o que é aconselhado é a utilização de sapatos confortáveis e com um contraforte rígido, visto que a maioria dos pés chatos acabam por evoluir naturalmente para um pé “normal” até aos 7-10 anos de idade.


Causas do pé chato

A origem do pé chato pode estar relacionada com a predisposição genética, a hiperlaxidão ligamentar (os ligamentos permitem mais movimento que o considerado normal) ou lesões traumáticas como entorses no tornozelo.

De uma forma resumida, as causas do pé chato podem ser:

  • devido a trauma;

  • por pé de Charcot diabético;

  • por hiperlaxidão ligamentar;

  • por má consolidação óssea após fratura de ossos do pé;

  • de origem congénita – pé chato rígido em comparação com um pé chato flexível considerado normal;

  • de origem degenerativa - habitualmente afeta mulheres com excesso de peso durante e pós menopausa.

Existem outras condições associadas ao pé chato como joelhos valgos (em pé, os joelhos juntam), hallux valgus (joanetes), fascite plantar ou tendinite do tibial posterior.


Sintomas do pé chato

O pé chato só é considerado uma patologia se estiver associado a dor. Habitualmente, a flexibilidade do pé implica menor absorção do impacto e tende a provocar alterações biomecânicas durante o andar e também na prática de exercício físico, pelo mau posicionamento do pé e as suas implicações no joelho, anca e coluna.

Tratamento do pé chato

Como tratamento, poderá ser de uma forma mais conservadora, pelo alívio dos sintomas (colocação de palmilha e de sapatos com contraforte rígido) e pela reeducação postural (Fisioterapia) ou por intervenção cirúrgica.


A Fisioterapia pode ser fundamental seja na prevenção ou na reabilitação pós cirurgia, através de exercícios de mobilidade e fortalecimento, diminuindo o impacto sob as estruturas do pé, seja em atividades da vida diária ou na prática desportiva.


Se necessitar de acompanhamento em Fisioterapia, contacte-nos.


 

Bibliografia consultada:


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